sábado, 11 de abril de 2015

o primeiro pão a gente nunca esquece.

Aleluia, habemus blog. 
Após alguns anos hibernando pela mais absoluta falta de vontade politica, eis que de repente, não mais que de repente, nasceu.
Como quem pariu o blog que o alimente vem o indefectível branco. Começo como?
Como a maioria dos padeiros que escrevem um livro fazendo, no prefacio, menção a algum fato na vida que os levou para esse caminho.
O meu foi uma kombi azul e branca, ano 52 ou por ai, cheirando a tinta de tão nova, de um conhecido do meu pai.
Fomos visitar um amigo comum, proprietário de uma padaria. Por si só esse já é um começo emocionante por andar em um carro com uma direção tão esquisita.
Chegamos na padaria que, era na acepção da palavra um lugar que só vendia pães.
Logo na calçada fui envolvido pelo aroma da massa que estava fermentando e no ponto para ser particionada e modelada. As bancadas de trabalho transbordando pela massa crescida, os carrinhos com os pães crescidos e prontos para serem enfornados. Os padeiros alimentando as longas réguas de madeira com o pãozinho enfileirado e aguardando a retirada, com a mesma régua, daqueles que estavam assados e seguiriam para os cestos na loja. Isso foi magico e como magica a lembrança desapareceu ficando enfurnada em uma das gavetas do escaninho das lembranças.
Sessenta anos depois ela se abre e as lembranças afloram como para explicar a paixão pelo pão.
Como paixão não é coisa para ficar escondida, de agora em diante, ao menos semanalmente, começarei a postar tudo que disser respeito a minha vida e o pão que dela começou a fazer parte já la se vão quase 35 anos.

Até. Que o seu pão sempre cresça.


Um comentário:

  1. Será que uma receita de pão temperado com sálvia (foto da internet) o sabor seria diferente???

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